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Os melhores passeios de Petrópolis (RJ)

Clima típico das montanhas, muita história, atrativos naturais de tirar o fôlego, gastronomia ímpar e muita hospitalidade. Petrópolis, cidade localizada na Região Serra Verde Imperial, no estado do Rio de Janeiro, a apenas 6 8km da capital fluminense, é um destino ideal para quem busca aquele friozinho típico de outono e inverno ou temperaturas amenas no restante do ano. Sua excelente estrutura de meios de hospedagens, restaurantes e dezenas de atrativos para todos os gostos tornam a experiência ainda mais marcante. Petrópolis respira história. Tudo por causa de Dom Pedro II, que teve a iniciativa de fundar a cidade para passar seus momentos de lazer e descanso, uma vez que seu pai, Dom Pedro I, já realizava alguns passeios por lá, em suas viagens do Rio de Janeiro a Minas Gerais, pelo Caminho Novo da Estrada Real. Até hoje o destino é conhecido por Cidade Imperial. Basta caminhar pelo centro e arredores para perceber a influência do antigo império na cidade, com casarões e construções cuja arquitetura valoriza desenhos que remetem a castelos e palácios. Alguns deles originais a época do império. A cidade, com cerca de 280 mil habitantes, se modernizou, mas sem perder sua história, presente em praticamente cada esquina.

Museu Imperial

Petrópolis reúne uma série de museus que retratam e preservam sua história desde a imigração germânica na cidade. Um dos mais visitados é o Museu Imperial, que reúne o principal acervo brasileiro relacionado ao império, em especial o chamado Segundo Reinado, período governado por Dom Pedro II. São cerca de 300 mil itens museológicos, arquivísticos e bibliográficos à disposição de pesquisadores e interessados em conhecer um pouco mais sobre o tema. O lugar também recebe eventos, exposições e projetos educativos. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h e o seu imenso jardim, um dos lugares preferidos para fotos, é liberado a partir das 7h e permanece aberto até às 18h. O ingresso custa R$ 10,00 e aceita-se apenas dinheiro.

Museu Imperial possui 300 mil itens museológicos, arquivísticos e bibliográficos à disposição de pesquisadores e visitantes – Divulgação

Museu de Cera

Outro museu imperdível é o Museu de Cera, que traz personalidades nacionais e internacionais com um realismo impressionante. As esculturas exibidas são produzidas por estúdios americanos e ingleses e retratam com perfeição a textura da pele, os fios de cabelo e até mesmo os olhos dos personagens. Todas foram produzidas em tamanho real.

Entre as personalidades da música estão Marilyn Monroe, The Beatles, Gilberto Gil, Elvis Presley, Michael Jackson, Madonna, Beyoncé, entre outras. No cinema se destacam Morgan Freeman, Alfred Hitchcock, Jhonny Depp (como Jack Sparrow), Danni Devito (como Pinguim), além de personalidades conhecidas de Petrópolis, como a Princesa Isabel, Santos Dumont e Dom Pedro II. Pelé, Neymar e Ayrton Senna representam o time de esportistas brasileiros.

O próprio casarão onde funciona o museu também é um atrativo à parte e chama a atenção de quem passa pelo Centro Histórico. Ele foi construído no início do século XX em estilo espanhol e posteriormente tombado pelo Iphan, respeitando todas as suas características históricas. O Museu de Cera é aberto todos os dias, das 10h às 17h e aos sábados das 10h às 18h. Os ingressos variam de R$ 29,90 (para grupos escolares acima de 10 pessoas) a R$ 45,00.

Museu Casa do Colono

As primeiras 456 famílias germânicas chegaram a Petrópolis em 1845, dando início à colonização da cidade. De lá para cá, toda a saga é contada por meio de um acervo digital do Museu Casa do Colono, criado para preservar e difundir a memória de fatos históricos e personalidades ligadas à História da Imigração Germânica em Petrópolis.

Os conjuntos de documentos presentes no museu contêm acervos de arquivos pessoais de pessoas comuns e ilustres e estão abertos à consulta pública. O espaço é um incentivo à pesquisa histórica sendo um repositório para artigos, que compartilhem memórias, artigos científicos, monografias, teses, documentários, vídeos e  depoimentos.

A casa pertenceu ao imigrante germânico Johan Gottlieb Kaiser e expõe utensílios, ferramentas, roupas, móveis e peças decorativas que demonstram como viviam os colonos no século XIX.

Palácio de Cristal

Um espaço dedicado a eventos culturais e exposições chama a atenção por sua arquitetura em Petrópolis. O Palácio de Cristal é um dos lugares “instagramáveis” e praticamente parada obrigatória para quem gosta de compartilhar experiências na cidade nas redes sociais.

Até a Princesa Isabel já se encantou com o lugar, que também contribuiu para sua importância na história do Brasil. Foi no Palácio de Cristal, em 1888, que ela entregou as cartas de alforria a escravos, indenizando os seus senhores com notável campanha desenvolvida na cidade.

Originalmente o lugar foi inaugurado em 1884 para abrigar exposições de flores, pássaros e produtos agrícolas. A estrutura do palácio é pré-moldada em ferro fundido e foi encomendada a uma fundição na França pelo Conde D`Eu, sendo montada em Petrópolis pelo engenheiro Eduardo Bonjean. O lugar é tombado pelo Iphan e integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da antiga Praça da Confluência. As visitas podem ser feitas diariamente das 9h às 17h com entrada franca.

Palácio Quitandinha

Outro ponto bastante visitado, especialmente por sua arquitetura peculiar, é o Palácio Quitandinha, onde funciona um centro cultural do Sesc. O lugar proporciona aos visitantes múltiplas experiências que incentivam a arte. São exposições de artes visuais, diversos shows de música e espetáculos de artes cênicas, um passeio tecnológico e interativo pela memória do Quitandinha e a tradicional visita guiada, além de atividades de literatura e audiovisual e muito mais. As visitas podem ser feitas de terça a domingo e feriados, das 10h às 16h30. A visitação ao entorno do Lago Quitandinha é de terça a domingo e feriados, das 9h às 17h, mas em caso de condições climáticas desfavoráveis, a visitação é suspensa. A entrada é gratuita.

Santuário Vale do Amor

Distante cerca de 40km do centro de Petrópolis, vale a pena conhecer o Santuário Vale do Amor, um imenso jardim a céu aberto que reúne tradições de diversas religiões, como budismo, taoísmo, hinduísmo, cristianismo e umbanda. A ideia é transmitir mensagens de amor por meio de todas as religiões. O percurso se inicia ao atravessar um Torii, um portão japonês que em santuários xintoístas marca a transição do mundano para o sagrado. Em seguida o visitante tem a oportunidade de conhecer o Jardim Oriental, onde há um altar dedicado a Ganesha, que na tradição hindu é conhecido como o Deus que remove todos os obstáculos.

O Jardim Zen faz parte do percurso, assim como a Cachoeira de Aruanda, um local dedicado a religiões de matrizes africanas, indígenas e celtas. Há também o Caminho de Buda, com 16 Budas que carregam mensagens de paz, amor e união, e o Altar Hindu, onde são realizadas meditações e orações. Apesar de Petrópolis estar situada nas montanhas e a poucos quilômetros da calorenta Rio de Janeiro, o considerado “Pai da Aviação”, Santos Dumont, mantinha uma “casa de verão” na cidade serrana, que se transformou em museu e atualmente é um dos pontos turísticos mais visitados.

Museu Casa Santos Dumont

Museu Casa Santos Dumont conta com acervo de objetos, livros, cartas e mobiliário, bem como o chuveiro e a escada de entrada. No Centro Cultural 14 bis, anexo à Casa, pode-se assistir a um curta metragem sobre Santos Dumont. O espaço tem acessibilidade e maquetes táteis para visitantes com necessidades especiais. A residência foi construída no antigo Morro do Encanto em 1918. Ela foi desenhada e planejada por Alberto Santos Dumont com ajuda do engenheiro Eduardo Pederneiras. A casa, que ficou conhecida como “A Encantada”, revela muito da personalidade de Santos Dumont.

Uma ampla sala servia-lhe ao mesmo tempo, de biblioteca e escritório; no pavimento inferior, sua oficina e laboratório, na parte de cima, banheiro e quarto de dormir. No terraço, encravado na cobertura de folhas de flandres, o observatório onde passava horas admirando os astros. O prédio é um chalé do tipo alpino francês. Uma curiosidade da casa é que não tinha cozinha e todas as refeições vinham do Palace Hotel, atual prédio da Universidade Católica de Petrópolis, junto ao Relógio de Flores. Chama a atenção dos visitantes a escada recortada em forma de raquete, o que obriga a quem deseja subi-la, a sempre começar com o pé direito. Foi lá que escreveu seu segundo livro, o autobiográfico “O que eu vi. O que nós veremos”. Seus sobrinhos e únicos herdeiros resolveram doar “A Encantada” à Prefeitura de Petrópolis para que nela fosse instalada uma instituição que perpetuasse a memória do inventor. Em 2012, a casa ganhou um centro cultural anexo, com acessibilidade e maquetes táteis para visitantes com necessidades especiais. As visitas guiadas podem ser feitas de terça a domingo, das 10h às 17h.

Viagem em grande estilo

A reportagem viajou a Petrópolis a bordo do imponente e luxuoso XC90, um SUV híbrido plug-in da Volvo de sete lugares. Os bancos em couro, capazes de aquecer, foram providenciais no friozinho da serra. O carro de grande porte é equipado por um motor híbrido por plug-in, com tração integral e transmissão automática.

O modelo possui potência máxima combinando entre a combustão e elétrico de 470cv e um torque de 72 kgf.m. Seu motor a combustão é um 2.0 de 4 cilindros turbo, enquanto o motor elétrico traseiro gera uma potência cerca de 145cv. Apesar de toda essa “cavalaria”, o carro é extremamente silencioso, tanto na estrada, quanto em ruas esburacadas.

O XC90 é um 4×4 nato. Portanto, todas as estradas de terra, com obstáculos gigantescos, foram facilmente superadas pelo veículo, que se destaca pelo luxo, tecnologia e muita segurança embarcada.

Por Reginaldo Pupo

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