O turismo responsável e sustentável é a grande meta do Panamá, país que reúne história, patrimônios culturais e belezas naturais, e tem aceso facilitado a partir do Brasil graças à inúmeros voos diretos a partir de diferentes cidades brasileiras. Esse compromisso foi reforçado pelo Panamá ao assinar a nova declaração “Transformação para o turismo do futuro”. Trata-se de uma resposta ao chamado feito pela Organização Mundial de Turismo, para os setores público e privado, para que se repense o desenvolvimento do segmento à medida que se recupera dos impactos da pandemia.
Tudo está ancorado no Plano Mestre para o Turismo Sustentável do país para 2020-2025, reconhecido pela Unesco como um exemplo de inovação e sustentabilidade. E que tem três pilares fundamentais.
O primeiro deles é Patrimônio Cultural, narra a história do Panamá como a Ponte do Mundo, conectando atrações de classe mundial como a Cidade Velha (Patrimônio Mundial da Unesco); o mundialmente famoso Canal do Panamá; a primeira ferrovia interoceânica, entre outras. Além disso, os circuitos culturais mostram a diversidade do país, oferecendo experiências por seus sete grupos indígenas, sua herança afro-caribenha, incluindo a cultura do Congo (Patrimônio Imaterial da Unesco) e sua colorida cultura colonial espanhola. A culinária também é ponto alto, com a Unesco tendo inclusive reconhecido a Cidade do Panamá como uma cidade criativa em Gastronomia.
O outro pilar é Patrimônio Verde (biodiversidade), desde a formação do istmo do Panamá, há 3 milhões de anos, houve uma grande troca de espécies entre as Américas do Norte e do Sul, proporcionando ao país uma extraordinária biodiversidade. Um terço do país está protegido. As rotas do Patrimônio Verde levam o visitante por Parques Nacionais, áreas protegidas e reservas privadas na floresta neotropical do Panamá, incluindo experiências através dos centros de visitantes do Instituto Smithsonian Tropical Research. Sendo uma delas o Monumento Natural Barro Colorado na bacia do Canal do Panamá, considerada a floresta tropical mais estudada do mundo.
Já o Patrimônio Azul (vida marinha), as experiências oferecidas nos diversos ecossistemas das rotas do Patrimônio Azul incluem a observação de baleias nos arredores do Parque Nacional de Coiba (Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco) e a admiração dos projetos de conservação de tartarugas no Oceano Pacífico. Além da exploração das águas caribenhas azul turquesa da bela Bocas del Toro.
PARA INCLUIR NO ROTEIRO
Um dos destaques, das iniciativas culturais do Panamá, é o trabalho junto a comunidades locais e indígenas para reativar o turismo em várias áreas por todo o país e com isso ajudar a preservar e sustentar o legado dessas culturas.
Na bacia hidrográfica do Canal do Panamá, por exemplo, é possível viajar pelo Rio Gatun para visitar a comunidade Embera, um dos sete grupos indígenas que vivem no Panamá. A comunidade dá as boas-vindas aos visitantes para que eles entendam melhor a sua cultura ancestral e aprendam sobre seu estilo de vida. Já em Bocas del Toro, o governo colabora com comunidades afro-antilhanas para destacar a gastronomia única da região, proveniente de raízes caribenhas e evoluída por décadas de influência local.
A expansão da Zona de Proteção Marinha no Parque Nacional Coíba e seus arredores, posicionou o Panamá como um “Líder Azul” em conservação. Por lá os visitantes podem aprender e experimentar uma vida sustentável nas comunidades locais que ainda praticam a pesca artesanal e os principais projetos de conservação de tartarugas. Entre outras regiões de interesse estão a Baía do Panamá e o Arquipélago Las Perlas, que oferece um refúgio para baleias migratórias todos os anos.
Enquanto que, no Planalto de Chiriquí, onde o café Geisha – o mais valioso do mundo – é colhido nas comunidades indígenas de Ngäbe e Buglé, o governo expandiu o circuito cafeeiro para incluir uma variedade de experiências turísticas nas fazendas locais. Também está em andamento um projeto para desenvolver e reabilitar 1.000 km de trilhas em todo o país, concentrando-se em integrar as comunidades locais para que estas sejam beneficiadas pelo retorno turístico.
No Panamá existem 125 unidades de conservação, 30% terrestres e 10% costeiras. As áreas protegidas, reservas particulares, estradas entre comunidades rurais, praias, manguezais, entre outros, contêm infinitos atrativos recreativos e turísticos, mas requerem infraestrutura. Por isso o esforço multissetorial do país para melhorá-los.
“O Panamá está repleto de experiências imersivas únicas que convidam os viajantes ativos e conscientes a relaxar de atividades autênticas enquanto fazem a diferença no país por meio do turismo. Da conservação da vida selvagem e dos ecossistemas à promoção do crescimento das comunidades locais, nossa abordagem é atrair a sensibilidade turística de hoje para a participação imersiva e o desejo de voltar”, diz Fernando Fondevila, CEO da PROMTUR Panama, organização de marketing para o país .
O Panamá não é apenas o centro das Américas, é um destino multifacetado com muito a oferecer a seus visitantes. Ao mesmo tempo em que é cosmopolita e moderno, preserva sua rica história e culturas ancestrais. Lar de uma extraordinária biodiversidade e ecossistemas, além de belas e variadas paisagens, indo de praias a florestas, proporciona a seus uma gama de experiências e sensações.