O Palácio Tangará é um dos hotéis mais luxuosos do Brasil. Seu nome não foi dado por acaso. O hotel tem realmente ares de palácio europeu e “tangará”, por sua vez, é o nome de um pássaro raro da mata atlântica. Por estar imerso no bosque do Parque Burle Marx, no bairro do Panamby, na Zona Sul de São Paulo, o hotel é como um oásis urbano, que muita privacidade e atmosfera relaxada. Lá dentro, o hóspede nem parece estar na metrópole paulista. O som dos pássaros e das cigarras da mata envolve o casarão e quase não se escuta o barulho dos motores dos carros que passam pela Marginal Pinheiros. O hotel é elegante e vive cheio de celebridades. Paul MacCartney hospedou-se por duas vezes lá quando esteve em São Paulo para shows. Em 2022, 14 pilotos da Fórmula 1 escolheram o Tangará para se hospedar. “O isolamento, a privacidade são fatores diferenciais para muitas celebridades que escolhem o Palácio Tangará”, disse a gerente de marketing Juliana Pestana.
Além da bela arquitetura do casarão branco de cinco andares, a decoração interna com belas obras de arte acentuam a nobreza do hotel. No lobby, em um recorte côncavo do teto está um trabalho feito com folhas de ouro da artista brasileira Laura Vinci, chamado Lux Capela. Atrás do balcão, está a obra Mixirica, do artista plástico brasileiro Artur Lescher. Os corredores atapetados e às suítes com belos banheiros de mármore, ganharam fotografias preto e branco de grandes fotógrafos brasileiros.
A história do casarão é curiosa. O local, no passado, que tinha o nome de Chácara Tangará, pertencia ao empresário Francisco Matarazzo Pignatari, mais conhecido por Baby Pignatari. Na década de 1940, o empresário começou a erguer uma mansão ao estilo europeu para viver com a princesa austríaca Ira Von Furstenberg, com quem iria se casar. O arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx foi contratado para projetar os jardins. Mas, com o fim do relacionamento, a obra foi paralisada e fechada por décadas. A construção foi retomada em 2014 pelo grupo hoteleiro alemão Oetker, que possui diversos hotéis butiques mundo afora, como o Le Bristol, de Paris. Inaugurado em 2017, o Palácio Tangará é o primeiro hotel da Oetker Collection na América Latina.
O hotel conta com 141 acomodações em 13 categorias. A maior delas, a Suíte Royal, de 560 metros quadrados, é a queridinha de Paul McCartney. Mas não precisa ser ex-Beatle para se hospedar nela, basta desembolsar os R$ 40 mil da diária. Pelos ambientes requintados do Palácio Tangará, grupos de amigas tomam chá da tarde, executivos conversam nas poltronas do restaurante Pateo do Palácio ao som de jazz baixinho e casais posam para fotos nos gazebos ao redor da bela piscina externa.
A piscina, aliás, é belíssima e envolta pela mata do parque Burle Marx. Tem água aquecida, o que torna o mergulho agradável mesmo em dias frios, e, três vezes por dia, os funcionários coletam amostras da água para verificar cloro e ph. O controle é rigoroso para que a água esteja sempre cristalina. Esse cuidado também garante um belo efeito noturno, quando a piscina é iluminada por lâmpadas subaquáticas.
A segunda piscina fica no primeiro subsolo e também conta com água aquecida, além de uma jacuzzi. Ela está integrada a área do spa, que oferece diversos tipos de massagens, incluindo opções de tratamentos para casais.
Gastronomia requintada
Um ponto forte do Palácio Tangará é a gastronomia de seus dois restaurantes. O Pateo do Palácio, tem mesas divididas entre o salão interno, onde rola música ao vivo com piano todas as noites, e um terraço com vista para o parque Burle Marx. No cardápio, há delícias como a burrata com figo caramelizado, ou o risoto de vieiras maçaricadas com couve-flor caramelizada e crocante de alcachofra. À tarde, o restaurante é bastante procurado para o tradicional Chá da Tarde do Tangará (o melhor pretexto para ir conhecer o hotel sem se hospedar); e, aos domingos, para o disputadíssimo Brunch, uma fartura deliciosa que começa às 13h e segue até 16h.
O outro restaurante traz a chancela de um chef celebridade, o francês Jean-Georges Vongerichten, talentoso ganhador de estrelas Michelin. O chef dá sua assinatura a dezenas de restaurantes pelo mundo, entre eles no Trump Tower, de Nova York, com duas estrelas Michelin. O menu do Tangará Jean-Georges prioriza a sazonalidade e ingredientes locais em pratos como o robalo com crosta de especiarias, jus agridoce e legumes da estação. Há também opção de menu degustação de seis tempos, harmonizados com vinhos indicados pelo sommelier da cada. É bem interessante o jantar na “chef’s table”, que fica da cozinha para que os fregueses possam observar o trabalho do preparo dos pratos.
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